Publicado em: 01/12/2019 - Autor: Roselene Borges Kopak

Nossa casa, Nosso corpo.

Estamos nos aproximando do natal, é perceptível a mudança das energias que nos permeiam, como a mudança das pessoas que encontramos no trabalho, nas ruas e nos meios que convivemos todos os dias. O que será que mudou? 

Com a aproximação do Natal, as pessoas sentem uma necessidade muito grande de se reaproximar de Deus. Inconscientemente procuram coisas, lugares, pessoas e motivos que representam a energia natalina. Todos sabem que o fim do ano se aproxima e caminhamos para o encerramento de um ciclo anual.

Quando estamos encerrando um ano geralmente é feito um balanço dos acontecimentos que passaram durante o ano, na vida financeira, na vida acadêmica e na vida afetiva e sentimental. O espírito natalino é um convite para uma reflexão íntima que venha exteriorizar o amor. Como todo balanço precisa ser analisado, talvez a providência divina tenha incluído as celebrações natalinas como preparação para nosso balanço interno pessoal.

É um período de muita conversa íntima. Falar como o nosso eu interno, permitir que nossas emoções apareçam e venham conversar conosco. É o momento de convidá-las a entrar, sentar em nossa grande casa (lar) e conversar com elas, fazendo perguntas e tentando entender porque elas chegaram ali, o que trazem consigo para nos dizer, falar, elucidar e nos fazer compreender o porquê deste ou daquele sentimento e porque estão se manifestando. – entender que nossos sentimentos devem ser acolhidos e jamais rejeitados, entender que quando os sentimentos aparecem, eles não vêm ao acaso, eles estão ligados a eventos que precisam ser entendidos e compreendidos.

Devemos tratar os sentimentos e as emoções como visitas que precisam estar ali no nosso lar por um determinado período, para que o processo de acolhimento seja feito. Entender que estes sentimentos não são moradores e sim visitas.  Quando nós não acolhemos e não aceitamos viver, vivenciar e conversar com estes sentimentos, eles se alojam na sombra (inconsciente) e continuam a assombrar nossa mente, dificultando nossa caminhada terrena.

Nossa casa (lar) é um grande corpo, e precisamos entender e conversar com este grande corpo, que muitos de nós olhamos somente com uma construção de tijolos feito para nos proteger: sim para nos proteger, mas a casa (lar) é muito mais que isso. Nela nós dormimos, nos alimentamos, realizamos todas as nossas necessidades básicas. É o local onde o corpo se refaz, se restabelece das suas fadigas, se recompondo para novos desafios e depois de todo este processo de reestabelecimento saímos para o trabalho novamente, e ao concluir nossa tarefa profissional retornamos sempre para o grande corpo (lar). Será que nossa casa serve somente para nos abrigar da chuva, do vento, do frio? Ou somente como um lugar para nos alimentar, descansar e dormir, repondo e recarregando as forças físicas? Já que estamos neste momento falando do que é físico, qual a funcionalidade da nossa casa (lar)?

Quando olhamos uma família equilibrada, geralmente observamos um ambiente organizado, pairando no ar uma psicosfera de muito amor, leveza e carinho entre os membros daquela família; já quando olhamos pessoas com conflitos, perturbadas, com transtornos, muitas vezes observamos que o ambiente na maioria das vezes está carregado/pesado e desorganizado, coisas fora da funcionalidade e muitos não se apercebem deste movimento que é o externo movimentando o interno. Na maioria das vezes mudando o externo, a organização, colocando cada área da casa dentro da sua respectiva funcionalidade, vai se criando um equilíbrio energético vindo de encontro a aquietar e organizar as desorganizações internas.

Nossa casa (lar) pertence ao movimento do universo, seja ele físico ou extrafísica que somando forma uma psicosfera psíquica vindo a interferir de modo positivo ou negativo a todos os moradores daquele ambiente, ou seja, “tudo que está dentro está fora”. Neste momento de encerramento de ano, onde estas energias permeiam com mais percepção ao nosso redor que possamos perceber a importância de cuidar, zelar, limpar e ter bons pensamentos quando estamos organizando nossa casa e todos os cômodos que ela possui dentro do projeto arquitetônico, lembrando que as paredes são visíveis matérias, mas os pensamentos, sentimentos e emoções são energias invisíveis, portando extrafísicas, mas perceptíveis que ficam impregnados no ambiente. Na maioria das vezes fazendo muito mais efeito do que aquelas energias que enxergamos, somos dois mundos, invisível e visível vivendo praticamente juntos e portando, dividindo espaços, comandando e transformando nossos dias e nossas vidas.

Quando olhamos nossa casa (lar) exatamente como ela se apresenta com todos os seus cômodos organizados, funcionais e energeticamente alinhados passamos a ter uma habitação com muito mais equilíbrio. Vivendo nela gozamos de uma vida mais saudável em todos os aspectos. Então, partindo do pressuposto de que se eu arrumar minha casa lar eu acabo mexendo na minha casa interna, estou promovendo restaurações de células do meu corpo físico que podem estar com problemas, tornando-as células saudáveis, proporcionando um efeito benéfico tão grande que muitas vezes dependendo da moléstia que se instala o medicamento químico não teria o poder de cura. Nossa casa lar bem organizada consegue interferir positivamente em nosso corpo energético com reflexo direto no corpo físico equilibrando: espírito, corpo e mente. Aceitar que somos essência divina, somos deuses diante das escolhas que praticamos todos os dias. Viver bem, saudável, equilibrado não é milagre é uma prática diária de boas ações, boas escolhas entendendo que somos seres em eterna evolução, aceitando que estamos numa escola onde devemos estar em constante e contínuo aprendizado, transformando-o em conhecimento, depois em autoconhecimento, ter o entendimento de que tudo o que nos cerca, seja o alimento que comemos, ou aquele que assimilamos, faz parte do que somos: (somos uma tríadeespírito, corpo e mente), um sem o outro não tem porque existir.

Entender e aceitar os nossos defeitos, nossas dores, nossas possíveis doenças, acolher nossa sombra, já é um grande começo. Somente o autoconhecimento desmistifica muitos dos conceitos que nos limitam a todo o momento (crenças limitantes), ou seja, crença limitante é acreditar que nascemos assim e vamos morrer assim. Muitos de nós nascemos numa situação desfavorável, mas a mudança parte de nós, através das escolhas e atitudes que devemos começar a praticar: - se o período natalino te chama de alguma maneira a isso, use este curto período de tempo para se encontrar consigo mesmo, este é o único caminho que todo ser humano pode ter, para desmistificar muitos dos seus sofrimentos e dores.

Os cursos ajudam muito, mas nenhum faz este autoencontro, somente nós podemos;

Uma breve reflexão - “agora vamos olhar para uma linda cachoeira e observar as águas que caem e vão aos poucos enchendo aquele grande lago, entender que o movimento das águas turbulentas que caem no lago são nossos conflitos, dores e sofrimentos, mas quando a água começa a encher o grande lago ele entra numa profunda e silenciosa harmonia, e o movimento antes turbulento cessa e começa uma calmaria, neste momento podemos sentar ao lado deste grande lago olhando para dentro dele e nos enxergar naquelas águas azuis e calmas, fazendo refletir a nossa imagem, neste silêncio e calmaria das águas vamos também acalmando nossas mentes e corações, e entrando em contato com nosso EU interior, começamos a conversar neste maravilhoso silêncio conosco”.

O caminho para a cura é o encontro consigo mesmo, é muito difícil, porém é o único meio, este autoencontro se dá através do aprendizado transformado em conhecimento, depois em autoconhecimento. De que maneira podemos mudar o que está a nossa volta? Mudando o que está dentro de nós, caminhando ao encontro de “conhecer-se a si mesmo”.

Toda mudança quando parte de dentro para fora é mais demorada, o nosso inconsciente em contato com imagens e sons natalinos, remete uma informação ao cérebro dizendo: Isso me faz bem, é isso que eu quero neste momento, isso me acalma. É uma felicidade contagiante onde não requer fazer muito esforço, porque as energias emanadas de sentimentos bons de amor prepara o ambiente para receber e acolher todas as pessoas em energias sublimes. Natal é realmente uma festa de muita Luz, simbolizando o nascimento de Jesus, o maior Psicólogo que passou pela terra e que deixou o ensinamento do amor incondicional.

Que o natal seja o início de um autoencontro, que possamos viver este momento em partilha, alegria, respeito e fé, que neste Natal em especial possamos dar o VERDADEIRO significado e ao invés de fazermos um Natal de ENFEITES, que possamos viver um Natal de AFETOS, onde o verdadeiro aniversariante nada pede de presente material e sim clama por Amor na sua forma plena e simples, que possamos convidá-lo a entrar dizendo: pode entrar, seja bem-vindo, Senhor Jesus!

Que possamos realmente abrir as portas dos nossos corações para um Natal de AFETOS...

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Muita Luz!!!!

Rotinas Saudáveis é uma empresa de consultoria que atende pessoas aplicando atividades de apoio para solução de conflitos. Muitas vezes entender um pouco mais sobre as fases da vida humana já é suficiente. Pense nisso!

Reflexões natalinas